Lisboa
Resumo: Portugal e Espanha apresentam notáveis singularidades na construção do seu estado-providência, o que se reflecte na arquitectura dos seus sistemas educativos e processos de escolarização. Não obstante os notáveis progressos das últimas décadas, o processo de modernização e democratização encontra-se ainda inacabado, marcado por fortes assimetrias (regionais, sociais, geracionais…) e por uma frágil e complexa composição entre velhos problemas, entretanto mitigados ou metamorfoseados, e os desafios educativos contemporâneos, de um mundo incerto e contingente.
As reconfigurações do Estado Social, em virtude das crises que o assolam, colocam hoje directamente à prova as políticas educativas, os dispositivos de intervenção socioeducativa e a actuação dos atores educativos. O mundo da educação é hoje atravessado por diversas injunções de difícil composição, quiçá ambivalentes, geradoras de tensões. Por um lado, a governação educativa através de objectivos e de standards internacionais. Por outro lado, a descentralização das políticas educativas e a atribuição de maior autonomia aos territórios. (…)
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa