Editions > Debater o Social Collection

Debater o Social é uma coleção de livros publicada em parceria com as Edições Húmus. Está sediada na Universidade do Minho e conta com a colaboração de prestigiados/as especialistas (inter)nacionais em várias áreas que, ao serem convocados/as para avaliar propostas de publicação, sujeitas a avaliação por pares de acordo com as regras em vigor, qualificam a coleção e o CICS.NOVA a nível nacional e internacional.

As publicações da coleção abrangem uma diversidade e riqueza de trabalhos decorrentes de teses de doutoramento, resultados de investigações e obras sobre diversos temas na área das Ciências Sociais (Antropologia, História, Geografia, Educação e sobretudo Sociologia), nomeadamente sobre sociedade, territórios e dinâmicas territoriais; trabalho e conflitos laborais; organizações, desenvolvimento e sustentabilidade; pobreza, desigualdades e exclusões sociais; classes sociais, género, etnicidade e identidades; rural-urbano, migrações e racismo; infância, juventude e envelhecimento; saúde, educação e ciência; violências, delinquências e prisões; media, justiça, poder e religião.

A maior parte destas publicações contou com o apoio da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, I. P., e de outras instituições mediadas pelo CICS.NOVA e/ou polos do Centro ou por verbas de projetos financiados pela FCT/Horizonte 2020 e coordenados por investigadores/as do CICS.NOVA.

As obras N.º 01 ao N.º 40 desta coleção encontram-se agora online e em acesso aberto, completo e imediato, através do RepositóriUM – Repositório Institucional da Universidade do Minho, podendo ser acedidas por instituições, investigadores/as e cidadãos/ãs interessados/as na leitura das respetivas obras.

DIREÇÃO
Manuel Carlos Silva (diretor), PhD, Universidade do Minho
Helena Serra (diretora-adjunta), PhD, Universidade NOVA de Lisboa
Fernando Bessa (diretor-adjunto), PhD, Universidade do Minho

CONSELHO EDITORIAL
Alipio Sousa Filho, PhD, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Ana Fernandes, PhD, Universidade de Lisboa
Ana Maria Brandão, PhD, Universidade do Minho
Ana Maria Nogales Vasconcelos, PhD, Universidade de Brasília
Ana Paula Marques, PhD, Universidade do Minho
Ana Romão, PhD, Academia Militar
António Cardoso, PhD, Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Antonio Carlos Witkoski, PhD, Universidade Federal do Amazonas
Carlos Alberto da Silva, PhD, Universidade de Évora
Carolina Machado, PhD, Universidade do Minho
Conceição Nogueira, PhD, Universidade do Porto
Dalila Cerejo, PhD, Universidade NOVA de Lisboa
Eduardo Costa Dias, PhD, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa
Elísio Estanque, PhD, Universidade de Coimbra
Fernando Diogo, PhD, Universidade dos Açores
Fernando Oliveira Baptista, PhD, Universidade de Lisboa
Francisco Aguiar, PhD, Universidade de Vigo
Graça Carapinheiro, PhD, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa
Helena Machado, PhD, Universidade do Minho
Ivonaldo Leite, PhD, Universidade Federal da Paraíba
João Filipe Marques, PhD, Universidade do Algarve
João Teixeira Lopes, PhD, Universidade do Porto
José Carlos Marques, PhD, Instituto Politécnico de Leiria
José Carlos Venâncio, PhD, Universidade da Beira Interior
José Luís Solana Ruiz, PhD, Universidad de Jaén
José Madureira Pinto, PhD, Universidade do Porto
José Manuel Sobral, PhD, Universidade de Lisboa
Licínio Lima, PhD, Universidade do Minho
Luís Baptista, PhD, Universidade NOVA de Lisboa
Mara Clemente, PhD, Iscte-Instituto Universitário de Lisboa
Maria Johanna Schouten, PhD, Universidade da Beira Interior
Rodrigo Dominguez, PhD, Universidade do Minho
Saudade Baltazar, PhD, Universidade de Évora
Sílvia Gomes, PhD, Universidade do Minho
Teresa Mora, PhD, Universidade do Minho
Veit Bader, PhD, University of Amsterdam

AVALIADORES/AS
Listagem em breve.

SUBMISSÃO DE ORIGINAIS
Procedimentos em breve.

CATÁLOGO

2024, N.º 61 – Retrato dos CALT nos Açores: das perspetivas às potencialidades
Autores: Ana Cristina Palos; Francisco Sousa; Ana Matias Diogo; Margarida Damião Serpa; Sofia Major; Jorge Ávila de Lima
Sinopse: Este estudo é um retrato com vários rostos, uma forma de expressão que nos indaga e questiona sobre a necessidade de repensar o significado do tempo livre, no que às crianças diz respeito. As personagens convocadas para desvendar os seus quotidianos são reais. Movimentam-se no palco da vida – na arena socioeducativa –, sabem muitas coisas, expressam-se e implicam-se nas ações diárias, mostrando fragilidades, compromissos, cansaços e consequências. Partem da crença do que são e do que sentem ser as suas obrigações diárias, moldadas pela realidade social e cultural. Tal como numa peça de teatro, estes atores e agentes educativos apresentam no CATL ‘o seu eu todos os dias’: trocam experiências e partilham ideias, emoções e paixões. Em todo o texto parece haver uma dialética entre os testemunhos e as representações gráficas, subjacente às interações sociais. Para descobrir a natureza factual das vivências nos CATL – mesmo considerando que a realidade não é facilmente apreensível e assim nunca se terá ao dispor toda a informação necessária –, este estudo mostra a sua imprescindibilidade. Empenhados na sua pesquisa, os autores iniciam o seu texto com uma preocupação que é simultaneamente um paradoxo: os CATL são instituições fundamentais para a vida das crianças, mas não têm a devida atenção das políticas públicas. As contradições e dicotomias educativas estão, sempre, no ‘coração’ do texto; vão-se apaziguando as perplexidades dos investigadores que se esforçam por visibilizar uma realidade multifacetada e complexa. Os relatos ajudam a que o conhecimento sobre a vida destas instituições cresça e se densifique. (Da Nota de Abertura- Maria José Araújo)

2023, N.º 60 – Caixa mágica do agir dos profissionais nas ERPI: prevenção dos riscos da violência sobre os idosos institucionalizados
Autora: Tatiana Filipa Silva Mestre
Sinopse: A violência sobre pessoas idosas institucionalizadas é um tema que está na ordem do dia. Sabe-se que, nas sociedades contemporâneas, as pessoas idosas institucionalizadas estão sujeitas a diferentes tipos de violência. Como resultado desta investigação, construiu-se uma Proposta de Intervenção para a Prevenção dos Riscos da Violência sobre os Idosos Institucionalizados que possa constituir-se como um instrumento orientador na dinamização de ações de formação para a prevenção dos riscos de violência sobre os idosos institucionalizados; alertar as instituições sobre o flagelo da violência sobre os idosos; para a autoaprendizagem do público em geral, colmatando assim uma necessidade muito sentida e largamente estudada e identificada no campo dos cuidados essenciais aos idosos institucionalizados. Esta investigação pretende ainda ser um contributo de interesse para alunos graduados e pós-graduados, assim como investigadores das áreas da educação social, gerontologia, serviço social, sociologia, psicologia, enfermagem, entre outros.

2023, N.º 59 – Habitação e habitat: “ilhas” e bairros populares no Porto e em Braga
Autores: Manuel Carlos Silva; Fernando Bessa Ribeiro; Fernando Matos Rodrigues; Luís Vicente Baptista; António Cerejeira Fontes; Ana Reis Jorge; António Cardoso
Sinopse: Neste livro, após a introdução e a colocação do problema social da habitação para uma parte não negligenciável da população, é feito um breve enquadramento teórico sobre o espaço urbano, o direito à cidade e à habitação. Seguidamente, é feita uma sucinta abordagem histórica das políticas de habitação em Portugal, sobretudo desde os anos 1980 apostadas no mercado e nos benefícios fiscais com uma quase ausência de políticas públicas de habitação. São realçadas as tendências de acumulação e especulação do capital imobiliário e financeiro a nível (inter)nacional em prejuízo de habitação decente para centenas de milhares de famílias, sem deixar de referir também o passo positivo da Lei de Bases da Habitação (LBH) de 2019, seus objetivos e conteúdos, embora com insuficiências e inoperacionalidades em política habitacional pública. É apresentado um retrato sociodemográfico dos moradores/as das ‘ilhas’ e bairros populares no Porto e em Braga e seus agregados familiares, dalguns percursos e histórias de vida, assim como dos baixos níveis de escolaridade e da situação precária face ao trabalho em termos interseccionais. São analisadas as condições de habitação e habitat envolvente, as infraestruturas, transportes e equipamentos, os melhoramentos efetuados em regra pelos próprios moradores/as, os problemas e (in)satisfações em termos de doenças, condições de saúde e bem-estar e sobretudo as avaliações dos moradores/as em relação às autoridades nacionais e locais, instituições e empresas de serviços, particularmente as respetivas Câmaras e empresas municipais de habitação. A este respeito, a par de esporádicas ou conjunturais ações de protesto, persistem, num quadro municipal clientelar, estratégias familistas de sobrevivência e resistência passiva.

2023, N.º 58 – Intervenção da educação social com públicos especialmente vulneráveis
Coordenação: Helena M. Carvalho; Carla Carvalho
Sinopse: A Educação Social é uma área académica relativamente recente em Portugal, mas que se tem consolidado e afirmado no mercado de trabalho. Apesar de existirem dezasseis instituições de ensino superior a disponibilizar formação graduada neste domínio, a produção científica é ainda escassa. Procurando contrariar esta carência, desafiamos algumas pessoas ligadas a diversas áreas da intervenção social e ao meio académico a escreverem sobre as suas experiências e investigações. Acreditamos que só através da reflexão sobre a intervenção da Educação Social em diferentes contextos se poderá melhorar e enriquecer a práxis das equipas de trabalho e perceber o âmbito de atuação de cada profissional.

2022, N.º 57 – Juventude(s). Movimentos globais e desafios futuros
Organizadores: Gilberta Pavão Nunes Rocha; Rolando Lalanda Gonçalves; Pilar Damião de Medeiros
Sinopse: Este livro, na heterogeneidade das temáticas abordadas, lança múltiplos desafios à compreensão das dinâmicas sociais e culturais subjacentes aos jovens enquanto atores de sistemas societais complexos.

2021, N.º 56 – Desigualdades sociais e grupos sociais vulneráveis: Sociedade, políticas e estratégias de sobrevivência em Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto
Autora: Helena M. Carvalho
Sinopse: Tendo por finalidade aprofundar o conhecimento sociológico acerca das desigualdades sociais junto de grupos sociais vulneráveis em Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, o estudo agora publicado pretende compreender as relações complexas que se estabelecem entre a pobreza, a exclusão social, as políticas sociais do Estado-Providência e as estratégias dos indivíduos e das suas famílias. Para o enquadramento desta reflexão, considerou-se pertinente o contributo teórico da sociologia clássica, sob as perspetivas durkheimiana, weberiana e marxista, bem como o olhar de Pierre Bourdieu. Este livro procura promover a reflexão acerca das desigualdades sociais, sublinhando a forma como a falta de oportunidades condiciona o desenvolvimento integral da pessoa, desde a sua infância à sua velhice, contribuindo para a definição e delimitação de grupos ou categorias sociais mais afetadas pela situação de pobreza, em situação ora de emprego, ora de desemprego ou reforma. Percebendo a evolução, ao longo dos anos, dos agregados familiares, foi possível identificar algumas das razões que levam (ou não) a que determinado indivíduo ou família sejam vítimas da situação de pobreza e qual a duração da situação. Com este livro também é possível perceber algumas das consequências que advêm da falta de oportunidades ao longo do percurso de vida, assim como algumas das estratégias de sobrevivência utilizadas como forma de responder a diversas necessidades, dificuldades e constrangimentos com que se defrontaram. Tal permite-nos perceber que os indivíduos de grupos sociais vulneráveis têm vindo a melhorar as suas condições de vida ao longo dos anos, tanto pelo que é permitido pelas políticas em vigor, assim como pelas próprias mudanças ao longo das gerações. No entanto, isso acontece sem alterações de longo alcance. Deste modo, é fulcral o acompanhamento das equipas de intervenção social para a capacitação dos grupos que enfrentam situações de pobreza e exclusão social, contribuindo assim para a diminuição das desigualdades e para a emancipação dos indivíduos e famílias.

2021, N.º 55 – Envelhecimento, género e sexualidades
Coordenadoras: Sara I. Magalhães; Conceição Nogueira
Sinopse: O envelhecimento da população mundial é uma evidência e, na conjuntura atual, é impossível deixar de situar as pessoas mais idosas entre as mais desprotegidas e mais frágeis do nosso sistema social. Contudo, sempre envolta em mitos e estereótipos, a vivência da “velhice” é um desafio exigente com matizes diferenciadores em função das categorias de pertença e dos contextos e lugares do mundo onde é vivida. Em Portugal a população com mais de 65 anos é já cerca de 22% (INE, 2018), fazendo do nosso país um dos mais envelhecidos do mundo. Neste sentido, discutir envelhecimento(s) implica discutir o idadismo – discriminação e aceção de pessoas em razão da sua idade –, bem como as relações de poder implícitas, já que todas as vivências são sempre determinadas pelo entrecruzar das múltiplas posições de sujeitos que as pessoas idosas partilham. Mas a vivência do envelhecimento não pode ser desligada de outras características e vivências pessoais que nos moldam e (de)limitam. Por isso “desinstalamo-nos” para olhar de forma particular as vivências e subjetividades das pessoas designadas como “velhos/as”, pessoas tão distintas entre si que dificilmente encontramos padrões homogeneizadores que as possam definir. Recorrendo à teoria da interseccionalidade, interessou-nos particularmente visibilizar o impacto do género nas vivências das sexualidades.

2020, N.º 54 – Açores, retratos e tendências sociais
Organizadores: Gilberta Pavão Nunes Rocha; Fernando Diogo
Sinopse: Pretende-se nesta publicação apresentar e interpretar um conjunto relativamente alargado de informação estatística sobre os Açores, disponibilizada pelas principais fontes de informação nacionais, respeitante a alguns dos mais relevantes fenómenos sociais, durante um período relativamente longo, que medeia os anos de 1981 a 2015, quer para o conjunto do arquipélago, quer para as suas ilhas.

2020, N.º 53 – Desigualidades sociais: Educação, territórios
Coordenadores: Álvaro Borralho; Ana Cristina Palos; Fernando Diogo; Gilberta Pavão Nunes Rocha; Sandro Serpa
Sinopse: As desigualdades sociais ganharam maior relevo nas últimas décadas devido à crise económica e social. Mas também a educação, assim como outras dinâmicas sociais que lançam novas interrogações e, ao mesmo tempo, solicitam respostas para a sua compreensão. Por isso, se reuniu um conjunto de reflexões empreendidas por sociólogos, portugueses e estrangeiros, realizadas em ambiente académico, mas cuja amplitude de temas e de reflexões interessa ao espaço da cidadania. Ter cidadãos informados cientificamente sobre um conjunto de temas sociais é, também, contribuir para o aprofundamento do conhecimento e da reflexão do espaço público. Conhecimento e reflexão são aquilo que a Sociologia faz. Torna-los mais acessíveis é, pois, necessário para a construção de uma sociedade mais conhecedora de si mesmo. E, talvez, contribuir para uma sociedade mais desenvolvida e simultaneamente mais justa e equilibrada.

2020, N.º 52 – Espaço urbano e habitação básica: como primeiro direito
Organizadores: Manuel Carlos Silva; Luís Vicente Baptista; Fernando Bessa Ribeiro; Joel Felizes; Ana Maria Nogales Vasconcelos
Sinopse: O principal foco deste livro orienta-se para a análise das condições de vida e habitação dos moradores/as de bairros populares, com estudos de caso geohistóricos e empíricos sobre espaços periféricos e suburbanos de áreas metropolitanas, nomeadamente ‘pátios’, ‘ilhas/vilas’ operárias e bairros ‘informais’- clandestinos em Lisboa, Porto e Brasília e cidades intermédias como Amadora, Braga e Guimarães. São de salientar finas análises demográficas e histórico-sociológicas sobre processos migratórios, de gentrificação e demolição de bairros populares estigmatizados, ‘demonizados’ e até ‘criminalizados’ em favor de projetos imobiliários, implicando despejos.

2018, N.º 51 – Africanos dos PALOP no distrito de Braga: condições objetivas de vida, identidades e relações interétnicas
Autor: Manuel Carlos Silva
Sinopse: As relações entre maiorias autóctones e minorias étnicas-imigrantes lançam importantes desafios à democracia e exigem uma nova gestão política, uma vez que determinadas situações históricas e atuais têm demonstrado que a identidade étnica não traduz uma realidade imutável, antes é relacional e tem constituído, na esteira da tese weberiana, uma fonte de clivagem social tão ou mais importante que a identidade de classe. As posições de relativa desvantagem social e económica em que se encontra(va)m membros de minorias étnicas e imigrantes, agravadas pelas definições e categorizações externas por parte dos membros da alegada maioria, comportam tensões e encerram contradições que refletem as da própria comunidade ou sociedade autóctone.

2017, N.º 50 – Juventude(s). Pensar e agir
Organizadores: Gilberta Pavão Nunes Rocha; Rolando Lalanda Gonçalves; Pilar Damião de Medeiros
Sinopse: “A juventude é um excitante poderosíssimo do imaginário ocidental, tão mais mobilizado quanto envelhecidas demograficamente se encontram as sociedades, como um capital que encontra na escassez as condições da sua intrínseca valorização. Por isso, importa cada vez mais superar a abordagem «espontânea» da juventude como problema social e construir histórica e sociologicamente o objeto juventude, através da multiplicação de estudos empíricos que desmontam o mito, contribuindo, por sucessivas e cumulativas aproximações, para o conhecimento da multidimensionalidade desta categoria que é também uma heurística que perscruta a materialidade de um conjunto de práticas que reivindicam os seus sujeitos e as suas vidas. Agrada me neste livro a sua capacidade em apreender, no concreto, tendências de diferenciação interna da juventude (classe, género, etnia), procurando relacionar a construção sociológica da juventude com as grandes dinâmicas sociais da modernidade tardia (o risco, a incerteza, a institucionalização da individualidade), situando a experiência juvenil nos seus múltiplos contextos de socialização, nomeadamente a família, a escola, o trabalho, os velhos e novos media, as instituições políticas e o grupo de pares e convocando a íntima imbricação entre a estruturação das identidades juvenis e os espaços urbanos contemporâneos.” [Do prefácio – João Teixeira Lopes]

2017, N.º 49 – Uma sociologia do desenvolvimento
Autor: Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Sem desmerecer diversos artigos e trabalhos publicados em vários centros de investigação no país, mantinha-se, nomeadamente no âmbito da produção científica nacional, a falta de uma obra mais sistematizada sobre Sociologia do Desenvolvimento. Em boa hora, Fernando Bessa Ribeiro, com base no trabalho elaborado para efeito das suas provas de agregação, oferece aos colegas de sociologia e de outras ciências sociais uma obra de referência sobre a sociologia do desenvolvimento, a qual, dada a preocupação do autor, serve também certamente para os/as alunos/as de sociologia e de outras áreas científicas desde a antropologia e a história, passando pela geografia, até à própria economia e ciência política.

2017, N.º 48 – Juventude açoriana e o mundo do trabalho
Coordenador: Fernando Diogo
Sinopse: Este livro resulta de um estudo onde se procura compreender o modo como se processa a relação com o mundo do trabalho dos jovens açorianos. Em particular, são destacados a transição escola trabalho, os diversos tipos de relação com o emprego e desemprego (em termos de trajetória), a relação com a escolaridade e a formação profissional, bem como as atitudes e aspirações face ao trabalho e ao emprego. Se, em geral, a relação com o mundo do trabalho é uma componente fundamental da vida dos indivíduos, da sua identidade social e da sua posição social, no caso dos jovens apresenta uma importância ainda maior dado que é nesta fase da vida que em boa parte se define o destino social futuro. A análise assenta na utilização de técnicas estatísticas multivariadas, permitindo perceber uma diversidade de situações existentes dentro da juventude e nos diversos assuntos em que a relação com o mundo do trabalho se desdobra.

2018, N.º 47 – Estudo macro-económico e ordenamento espaciais sub-regional, regional e supranacional: Economias portuguesa e europeia e descentralização administrativa
Autor: Ernesto V. S. de Figueiredo
Sinopse: Este livro constitui um complemento natural do livro Portugal: Que Regiões (1988). O texto apresenta quatro partes substantivas e uma quinta acomodando oito anexos. Na primeira parte, a partir de dados portugueses, faz-se um estudo da evolução, atualidade e prognósticos da economia portuguesa. Depois, fixam-se as estruturas de relacionamentos associativos e causais, com estimativas de projeção a três horizontes temporais. Na segunda parte, com base em dados europeus, procede-se a uma abordagem da Europa ou da União Europeia, formulando a hipótese de constituírem baluartes de coesão ou espaços de clivagem. Aqui estudam-se os países, e depois os indicadores económicos. Na terceira parte (com dados portugueses), procede-se a uma sinopse telegráfica do ordenamento regional do espaço continental, visando a coesão social e a descentralização administrativa. A quarta e última parte constitui uma abordagem original, no sentido em que chega a resultados de ordenamento que apenas eram propalados e suspeitados no passado. Os ensaios analíticos foram replicados em cada uma das seis regiões estruturantes do território continental.

2016, N.º 46 – Duplas pertenças: emigração e deportação nos Açores
Autores: Gilberta Pavão Nunes Rocha; Álvaro Borralho; Derrick Mendes
Sinopse: “Todavia – e há que afirmá-lo resoluta e peremptoriamente – não me custara nada ser sincero e abrir, logo neste segundo parágrafo, com um frontal elogio aos três autores: trata-se do mais equilibrado, informado e bem documentado estudo sobre o tema, que até hoje me foi dado ler. Trabalho aturado, criterioso, informado teórica e metodologicamente, manifestando todos os ingredientes de uma investigação de qualidade em qualquer sector das ciências sociais, conseguindo exemplarmente um equilíbrio entre a sólida documentação quantitativa – são muitos os quadros estatísticos – e os testemunhos dos deportados que os autores entrevistaram, narrativa refrescante e gostosamente qualitativa. Com uma abordagem assim, tornaram vivo e humano o retrato de um grupo social ao lado de quem a sorte passou, por razões que nem sempre tiveram a ver com a força do poder legal dos estados envolvidos – o país que os forçou a sair (Portugal), os que os acolheram (EUA e Canadá), e de novo a terra de berço, que os acolhe após a rejeição do lugar supostamente de acolhimento.”

2017, N.º 45 – Sociedade em debate
Organizador: Nuno Miguel Augusto
Sinopse: O presente livro resulta da contribuição de um conjunto de investigadores nacionais e internacionais da área das Ciências Sociais, que se quiseram associar à comemoração dos 25 anos da Licenciatura em Sociologia da Universidade da Beira Interior. O livro recobre um conjunto de áreas, que se organizam em seis secções – Exclusão Social, Desenvolvimento e Sociedade Civil; Diversidade Cultural, Migrações e Religião; Arte e Cultura; Família, Género e Saúde; Política, Ideologias e Comunicação e Dinâmicas Populacionais e Territoriais. Procurou-se, deste modo, abranger uma multiplicidade de abordagens, que contribuam para a investigação e para o ensino das Ciências Sociais em Portugal.

2016, N.º 44 – Desigualdades e políticas de género
Organizadores: Manuel Carlos Silva; Maria Luísa Lima; José Manuel Sobral; Helena Araújo; Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Este livro encontra-se dividido em duas partes. Iniciando a primeira com um capítulo de introdução e enquadramento da temática e da metodologia seguida na investigação, seguem-se os contributos de investigadoras convidadas, consubstanciados em capítulos ora de enfoque mais teórico, atendendo aos diversos paradigmas que permeiam as desigualdades de género ora em pesquisas centradas no espaço doméstico/familiar em Espanha e Portugal. Inclui-se ainda nesta parte o mapeamento da problemática do (des)emprego e correlativas dinâmicas em Portugal e na União Europeia na perspectiva de género bem como dos constrangimentos e potencialidades do empreendedorismo por parte de mulheres diplomadas na transição para a vida ativa. Na segunda parte vertem-se resultados da pesquisa, baseada na inquirição de 802 indivíduos. Primeiramente procede-se à caraterização sociodemográfica dos inquiridos/as, com ênfase na composição dos agregados e níveis de escolarização por sexo; segue-se uma análise dos estereótipos e formas de sexismo – hostil e benevolente e, por fim, dos valores religiosos e políticos e sua relação com as dimensões do género e classe social. Os dois últimos capítulos, centrados nas dinâmicas pós-conjugais, desenvolvem-se com base numa subamostra de inquiridos divorciados/as associada à análise de processos judiciais de divórcio e em entrevistas com magistrados/as e homens e mulheres (pais e mães), dando-se conta das negociações e vivências que permeiam tais processos, inclusive ao nível da regulação das responsabilidades parentais.

2016, N.º 43 – Desigualdades de género: Família, educação e trabalho
Autor: Manuel Carlos Silva
Sinopse: Não obstante o relativo avanço em Portugal, em termos legais e políticos, nomeadamente no pós 25 de Abril de 1974, em prol da paridade entre homens e mulheres, diversos estudos (inter)nacionais atestam a persistência de desigualdades de género e formas de violência em contextos laborais (extra)domésticos, na educação e na saúde, no acesso ao trabalho e progresso nas carreiras, nas taxas de liderança, nos valores, nas relações institucionais e de poder.

2015, N.º 42 – Planeta sida: Diversidade, políticas e respostas sociais
Organizadores: Octávio Sacramento; Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Associada a um amplo feixe de processos transnacionais, a sida é hoje uma epidemia globalizada. Foi justamente nesta sua projeção planetária, permeada por complexos contrastes e por uma grande pluralidade cultural de experiências, políticas e respostas, que encontramos o mote para a organização deste livro. O resultado final é uma dúzia de contribuições vinculadas a distintas geografias, situações epidémicas e cenários sociais, considerando-se muitas das grandes áreas mundiais: Norte de África, África Subsariana, Austrália, Ilhas do Pacífico, Sudeste da Ásia, Europa de Leste, Ásia Central, Europa Ocidental, América do Norte e América do Sul. Nos primeiros textos discutem-se de forma mais sistemática e numa perspectiva diacrónica diferentes posicionamentos políticos e formas de intervenção no processo de gestão da epidemia, abordando-se os casos da Austrália e dos EUA, da China, do Brasil e de Portugal. Nos restantes são debatidas, prioritariamente, as representações, subjectividades, estigmas, acesso a serviços de saúde e práticas de cuidado no quadro da infecção em colectivos tão diversos como o grupo étnico dos Yoruba da Nigéria, os migrantes tajiques na Rússia, os trabalhadores agrícolas sazonais do Leste dos EUA, os refugiados em África, as mulheres que vivem com o VIH na índia e no Camboja, as mães e a sua descendência em contextos marroquinos e os trabalhadores sexuais da região do Pacífico.

2016, N.º 41 – A análise do bem-estar das crianças e jovens e os direitos da criança
Organizadoras: Amélia Bastos; Fátima Veiga
Sinopse: A Convenção dos Direitos da Criança (CDC) reúne um conjunto de princípios e orientações que visam promover o desenvolvimento das crianças e jovens. Trata-se do primeiro instrumento do direito internacional a conceder força jurídica aos direitos da criança, estipulando que estas têm direitos iguais aos dos adultos, nomeadamente o direito à saúde, à educação, à proteção e à igualdade de oportunidades sem qualquer distinção ou forma de discriminação. Adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989, a CDC foi ratificada por Portugal em 21 de Setembro de 1990. Não obstante, as crianças constituem actualmente na UE e em Portugal em particular, o grupo etário mais vulnerável à pobreza e à exclusão social. Acrescem ainda as situações de maus tratos, violência, negligência e tráfico de menores frequentemente divulgadas, colocando em causa a observância dos direitos preconizados pela CDC. Importa pois refletir sobre como acautelamos a aplicação dos direitos da criança, de que forma consideramos esses direitos na análise e monitorização do seu bem-estar, como são integrados estes direitos nas políticas definidas pelos decisores e legisladores.

2016, N.º 40 – Metodologias de investigação sociológica: Problemas e soluções a partir de estudos empíricos
Coordenador: Manuel Lisboa
Sinopse: Esta obra aborda questões metodológicas e epistemológicas cruciais para o desenvolvimento da investigação sociológica actual. Ela traduz um momento de síntese do conhecimento sobre as metodologias no campo da Sociologia e faz uma meta-reflexão a partir dos problemas e soluções encontradas em mais de duas dezenas de investigações empíricas. Inclui estudos com diferentes âmbitos geográficos (nacional, regional e local), centrados na actualidade ou recuando no tempo sempre que necessário, com abordagens metodológicas variadas (qualitativas, quantitativas e mistas) e que recorrem a escalas de observação distintas (macro, meso e micro). Este livro de metodologia não pretende substituir os manuais já existentes, não repetindo as questões aí abordadas. Ele deve ser entendido como um instrumento metodológico complementar, com questões e temáticas que resultam da experiência de pesquisa, na área das Ciências Sociais, de uma ampla e pluridisciplinar equipa de investigação, ao longo dos últimos 25 anos. Ele percorre as principais fases e momentos da pesquisa, esperando-se que constitua um instrumento útil para estudantes, investigadores e investigadoras.

2016, N.º 39 – Juventude(s): Novas realidades, novos olhares
Organizadores: Gilberta Pavão Nunes Rocha; Rolando Lalanda Gonçalves; Pilar Damião de Medeiros
Sinopse: Nesta edição encontramos 10 capítulos relacionados com a problemática da(s) Juventude(s) nos contextos do trabalho e do emprego, da educação, da cidadania e dos novos movimentos sociais. Esta lógica radica na própria natureza complexa dos desafios que se colocam aos jovens em diversos contextos institucionais e/ou informais onde se manifesta a pluralidade das situações com que se encontram confrontados. Neste sentido, abre inúmeras pistas de reflexão que possibilitam um melhor conhecimento da sociedade portuguesa e são também um contributo para a definição das políticas públicas de juventude, uma orientação para uma melhor adequação às suas realidades plurais. Como afirma, no primeiro capítulo deste livro, Machado Pais são necessárias “…políticas criativas que tomem os jovens como agentes de inovação”.

2016, N.º 38 – Revolução e democracia: 40 anos após Abril de 1974
Organizador: Álvaro Borralho
Sinopse: Revolução e democracia: 40 anos após Abril de 1974 reúne um conjunto de textos apresentados no X Encontro de Sociologia dos Açores que interrogam sobre o desenvolvimento recente das sociedades portuguesa e açoriana. O conhecimento que provém destas reflexões leva a um melhor entendimento do País que somos. Um País que se desenvolveu economicamente, se modernizou, se integrou num espaço europeu e que permitiu a um conjunto amplo de cidadãos maiores e melhores condições de existência seja em termos educativos, de acesso à saúde, à cultura e à participação cívica.

2016, N.º 37 – Aprendizagens empreendedoras no ensino superior
Organizadora: Ana Paula Marques
Sinopse: Apesar de se desenvolverem inúmeras iniciativas e programas de empreendedorismo em Portugal nos últimos anos, são praticamente inexistentes os estudos sobre as aprendizagens não formais e informais de modo a explicitar o potencial de desenvolvimento de competências empreendedoras. As competências empreendedoras apresentam-se centrais na vida diária dos jovens, no acesso e manutenção no mercado de trabalho ou, em alternativa, na construção de uma carreira autónoma a partir da criação do autoemprego/empresa. Este livro, resultante de um projeto de investigação – Aprendizagens empreendedoras, cooperação e mercado de trabalho: boas práticas no ensino superior (POAT/FSE) –, remete-nos para uma discussão sobre as dinâmicas de parcerias construídas em torno do empreendedorismo no contexto das Instituições do Ensino Superior. Os objetivos definidos permitiram fazer o mapeamento dos programas, projetos de empreendedorismo e infraestruturas de suporte existentes (2007-2013), a identificação de um conjunto de “boas práticas” e a elaboração de um reportório de competências empreendedoras consideradas relevantes para apoiar os jovens na transição para o mercado de trabalho.

2016, N.º 36 – Mutilação genital feminina em Portugal: Prevalências, dinâmicas socioculturais e recomendações para a sua eliminação
Coordenadores: Manuel Lisboa, Dalila Cerejo; Ana Lúcia Teixeira
Sinopse: A mutilação genital feminina (MGF) ou corte dos genitais femininos (CGF) é reconhecidamente uma grave violação dos direitos humanos das mulheres de todas as idades. Entendemos a temática em causa como um claro problema social que assenta em questões de discriminação e estigmatização com base no género, enraizadas em assimetrias de poder, reflectindo uma das muitas formas de violência contra as mulheres – física, psicológica, sexual – e com nefastas consequências para a saúde, educação e empoderamento das crianças, jovens e mulheres vítimas desta prática.

2015, N.º 35 – Policiamento de proximidade: Representações e práticas da população e inovação organizacional na política
Autores: Manuel Lisboa; Ana Lúcia Teixeira
Sinopse: Este livro resulta do estudo sociológico do Programa Integrado de Policiamento de Proximidade projecto-piloto implementado pela Polícia de Segurança Pública em 2006 –, a partir de dois eixos de análise: o da sociologia das organizações e o da sociologia do crime e da violência. Pretendeu-se, por um lado, avaliar a perspectiva da população relativamente à sua percepção da segurança, do policiamento e dos resultados da actividade policial e, por outro lado, a dos/as agentes no que diz respeito à forma como se relacionam com a população e com a estrutura organizacional na qual se inserem. Este estudo, elaborado a partir da análise da primeira experiência sistemática da acção policial mais próxima em termos de relações interpessoais, socialmente menos visíveis, como a violência doméstica e de género, constitui uma peça fundamental para compreender sociologicamente a introdução em Portugal do policiamento de proximidade, enquanto vector de política pública, e onde se cruzam múltiplas dimensões da relação entre a polícia e a população das cidades, na sua vida quotidiana.

2015, N.º 34 – Pobreza e exclusão social em Portugal: Contextos, transformações e estudos
Organizadores: Fernando Diogo; Alexandra Castro; Pedro Perista
Sinopse: “Para quem no início dos anos oitenta do século passado dava os primeiros passos no estudo sistemático da pobreza em Portugal, é verdadeiramente reconfortante ter nas mãos um livro em que dezena e meia de especialistas analisam e comentam os mais diversos aspetos do problema. A elevada qualidade dos autores e a diversidade das respetivas origens torna a obra particularmente valiosa, não só pelo que afirma mas também pelas questões que, expressa ou implicitamente, levanta.” (Do prefácio, por Alfredo Bruto da Costa)

2015, N.º 33 – VIH-sida: Experiência da doença e cuidados de saúde
Organizadores: Marta Maia; Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Dizer que a infeção pelo VIH/sida não é uma doença como outra qualquer é uma trivialidade, mas nem por isso deixa de ser significante. Como nenhuma outra doença, a infeção pelo VIH/sida interpela a intimidade, as práticas sexuais, as emoções, os preconceitos, a tolerância e a organização política da saúde, onde se jogam questões como a universalidade e a igualdade de acesso aos cuidados de saúde e aos tratamentos, bem como escolhas e prioridades na alocação de recursos financeiros necessários à vida dos pacientes. Sendo manifestos os progressos registados nos últimos 25 anos e estando mais próximo, sobretudo nos países com sistemas públicos de saúde robustos, o horizonte de “zero mortes” proposto pela Onusida, a infeção pelo VIH/sida continua a constituir um objeto sociológico e antropológico da maior importância. Composto por textos de autores das ciências sociais e da saúde, este livro procura contribuir para o debate público em torno do VIH/sida, particularmente no que se relaciona com a gestão quotidiana da doença por parte dos doentes e os cuidados prestados pelas instituições de saúde e seus profissionais. Dada a diversidade de fi liações científicas dos autores e de questões e terrenos por eles trabalhados, esta obra coletiva confronta o leitor com perspetivas variadas sobre esta infeção, ligadas por uma inquietação comum: conhecer os problemas, compreender os quotidianos e as experiências de vida dos doentes e propor caminhos e soluções políticas e médicas que possam contribuir para a minimização do sofrimento e a construção de vidas mais felizes.

2015, N.º 32 – Mulheres e crime: Perspetivas sobre intervenção, violência e reclusão
Organizadoras: Sílvia Gomes; Rafaela Granja
Sinopse: Mulheres e Crime – Perspetivas sobre intervenção, violência e reclusão tem como principal objetivo discutir, a partir de uma visão interdisciplinar e de forma crítica e reflexiva, as problemáticas associadas ao envolvimento da mulher no crime através de uma leitura sensível ao género. NOTA DO AUTOR “As investigações sobre as mulheres que transgridem as normas sociais e legais e sobre outras formas de envolvimento das mulheres com o crime e o sistema de justiça estiveram, durante um longo período, ausentes dos estudos sociais do crime e do desvio. Porém, nos últimos anos tem-se assistido a um significativo incremento de estudos em diversas áreas científicas que têm conferido visibilidade às mulheres transgressoras e contribuído para mitigar as lacunas e vulnerabilidades que outrora caracterizaram as abordagens relativas às mulheres em conflito com a lei. Tendo em conta a ampliação de contribuições que têm vindo a ser desenvolvidas em Portugal e no Brasil, afigurou-se pertinente fazer dialogar numa mesma obra a forma como várias cientistas sociais têm olhado para estas questões através de diversos prismas. Nesse sentido, Mulheres e Crime – Perspetivas sobre intervenção, violência e reclusão tem como principal objetivo discutir, a partir de uma visão interdisciplinar e de forma crítica e reflexiva, as problemáticas associadas ao envolvimento da mulher com o crime através de uma leitura sensível ao género.” (Gomes e Granja, 2015).

2014, N.º 31 – Transação territorial: Novas relações cidade-campo
Organizadores: Gérard Baudin; Domingos M. Vaz
Sinopse: A relação entre as cidades e as áreas rurais envolventes estimula a refexão teórica e analítica, em busca de caminhos propiciadores de novas abordagens às transformações das cidades, vilas e aldeias. Os textos apresentados neste livro são contributos para a compreensão e a intervenção na dinâmica territorial dos “territórios de transação” e para a própria conceptualização das relações entre a cidade e o campo. No seu conjunto, eles procuram ir além das simples dualidades de oposição entre o rural e o urbano e realçam que a sustentabilidade dos territórios de baixa densidade está muito dependente da sua capacidade para gerir ¿uxos num quadro de mundialização, sendo a criatividade o seu recurso fundamental.

2014, N.º 30 – Caminhos para a prisão: Uma análise do fenómeno da criminalidade associada a grupos estrangeiros e étnicos em Portugal
Autora: Sílvia Gomes
Sinopse: Caminhos para a Prisão – Uma análise do fenómeno da criminalidade associada a grupos estrangeiros e étnicos em Portugal pretende dar um contributo para a compreensão e a explicação do fenómeno da criminalidade nos grupos estrangeiros originários dos PALOP e do Leste europeu, bem como do grupo étnico cigano.

2014, N.º 29 – Mudanças culturais, mudanças religiosas: Perfis e tendências da religiosidade em Portugal numa perspetiva comparada
Autor: Eduardo Duque
Sinopse: O fenómeno religioso tem sido, ao longo dos tempos, objeto de particular atenção. Foi sendo redefinido perante as suas circunstâncias históricas e socioculturais. Parece ter sobrevivido aos diversos anúncios do seu desaparecimento, anunciados tanto pela via da alienação intelectual (Comte) e antropológica (Feuerbach), como psíquica (Freud) e socioeconómica (Marx). Todavia, é inegável que a modernidade, com a sua consequente individualização social, deixou e continua a deixar marcas de uma progressiva secularização da sociedade. Tal facto conduz a um progressivo desgaste dos referentes provenientes dos costumes e tradições da religião institucional, levando, por um lado, a uma perda da influência da institucionalidade religiosa e, por outro, a uma vivência religiosa mais íntima e privada. Esta transformação, reconfiguração ou inclusive decomposição do religioso na modernidade revela a capacidade que este fenómeno tem em manter-se em constante processo de mudança, adaptando-se e assumindo os contextos socioculturais em que se insere.

2014, N.º 28 – Uma introdução à abordagem sociológica das identidades
Autora: Ana Maria Brandão
Sinopse: Partindo da questão de saber sob que condições é possível aceder a uma identidade, pretende-se mostrar como a Sociologia tem contribuído para o estudo desse fenómeno de fronteira, que sublinha, simultaneamente, a singularidade individual e a semelhança com os outros, ambas tornadas possíveis pela pertença a uma comunidade.

2014, N.º 27 – Violências e delinquências juvenis femininas: Género e (in)visibilidades sociais
Organizadoras: Vera Duarte; Manuela Ivone Cunha
Sinopse: Partindo de um conjunto diversificado de investigações e dados empíricos recentes, de diferentes contextos geográficos – Portugal, Brasil, Estados Unidos da América e Cabo Verde -, este livro pretende fazer um balanço crítico, comparativo e multidisciplinar das tendências na violência e delinquência em universos juvenis femininos, trazendo para a discussão os conceitos, as definições e as representações sobre delinquências e género. Estarão as raparigas a delinquir mais? De que tipo de comportamentos estamos a falar? Em que contextos as raparigas se comportam de forma mais violenta e agressiva? Quais as suas motivações? Em que diferem elas dos rapazes? Em que é que as construções sociais do género influenciam a participação de rapazes e raparigas na delinquência? Os capítulos deste livro pretendem responder a estas e outras questões, promovendo novos diálogos que se cruzam não apenas a partir das experiências femininas, mas incorporando as relações e as diferenças de género, numa análise de como a estratificação de género pode afetar os caminhos da transgressão.

2014, N.º 26 – Território e desenvolvimento: Populações no concelho de Barcelos (1960-2011)
Autor: António Cardoso
Sinopse: As instituições (para)estatais, assim como as mais diversas organizações e associações da designada sociedade civil, constituem pilares nucleares do desenvolvimento municipal e aldeão, ainda que limitado e assimétrico desde o ponto de vista territorial, económico, social e cultural. Contudo, pe-rante uma economia em crescimento mas vulnerável, perante a competição interna e externa na actual era da globalização e, sobretudo, perante uma sociedade-providência débil, conjugada com uma desresponsabilização crescente de um Estado-Providência débil e em retrocesso nos seus princípios universalistas, os actores sociais colectivos e individuais põem em marcha e ensaiam es-tratégias de base comunitária ou familiar de sobrevivência, melhoria e, eventualmente e de modo excepcional, de mobilidade social ascendente.

2012, N.º 25 – Trabalho, técnicas e mundo: Perspectivas e debates
Organizadores: Fernando Bessa Ribeiro; Manuel Carlos Silva; Ana Paula Marques
Sinopse: Este livro remete-nos para dois tópicos da maior relevância nas ciências sociais: o trabalho e as técnicas. Ele aborda diversos contextos sociais de trabalho, do artesanal ao industrial, e procura compreender as técnicas envolvidas nos modos de aprendizagem observados e os impactos produzidos pelos processos de modernização e de circulação de saberes, alguns de amplitude.

2012, N.º 24 – Identidades e estratégias no poder local português: Propostas de análise de discurso
Autor: Joel Augusto Felizes
Sinopse: A relevância do poder local foi aqui ponderada tendo em vista uma problematização das implicações do facto de ele ter um estatuto marginal no contexto dos sistemas políticos, marginalidade que, no caso português, segundo demonstram vários estudos, parece agravada. Por isso, numa primeira impressão, o poder local português, ao veicular um discurso particularmente vocacionado para a anulação da diferença e da conflitualidade, não parece reunir condições para, no quadro democrático, constituir uma instância de competição plural entre projetos políticos rivais.

2012, N.º 23 – A ciência na luta contra o crime: Potencialidades e limites
Organizadoras: Susana Costa; Helena Machado
Sinopse: Partindo de um conjunto de reflexões desenvolvidas por especialistas e académicos de diferentes áreas disciplinares – genética forense, ciências policiais, direito, sociologia, antropologia e psicologia forense – que espelham saberes e práticas de diferentes áreas de conhecimento e de atuação profissional, este livro procura responder à questão: Quais as potencialidades e os limites da ciência e da tecnologia no combate ao crime?

2012, N.º 22 – Classes, políticas e culturas de classe: Capital, trabalho e classes intermédias
Organizadores: Manuel Carlos Silva, João Valente Aguiar
Sinopse: Se, durante os anos 90 e primeira década do século XXI, o tema das classes foi-se diluindo por outros de recorte pós-moderno, eis que nos últimos anos ressurge o tema das desigualdades, nomeadamente de classe, com várias publicações de cariz teórico e empírico. Este livro concretiza mais um conjunto de contributos sobre questões de enorme relevância teórica e política atual.

2012, N.º 21 – Saúde: Sistemas, mediações e comportamentos
Organizadoras: Alice Delerue Matos; Maria Johanna Schouten
Sinopse: A saúde é hoje um domínio de pesquisa das Ciências Sociais, aberto a múltiplos olhares disciplinares, como ilustra este livro que acolhe os contributos de autores de diversas áreas científicas, da Sociologia à Antropologia, Geografia, Psicologia e Educação.

2013, N.º 20 – Estudar, é preciso?…Percursos e práticas de construção do sucesso escolar no quotidiano de jovens na escola pública
Autor: 
Joaquim Almeida Santos
Sinopse: Ao contrário do que é relativamente habitual quando a motivação inicial é académica, estamos neste caso perante uma obra que não assume uma única inscrição disciplinar, o que não impede que se constitua (antes pelo contrário) como um legítimo exercício intelectual, por vezes polemicamente sui generis, não apenas no modo como convoca e reinterpreta uma pluralidade de autores e referências, mas, também, na forma como mobiliza a empiria para sustentar o que assume como sendo a tese principal no que diz respeito à escola, ou seja, “que, na tentativa de se limitarem exclusões através da redução dos índices de insucesso escolar, se têm vindo a agravar as clivagens sociais existentes e a criar novas e mais profundas situações de rejeição socioeconómica, sendo isto levado a cabo sob a capa de um sucesso escolar que seria suposto contribuir para o seu esbatimento”.

2012, N.º 19 – Aquela pequena vírgula é meu filho! A experiência da gravidez na adolescência
Autora: Dina de Carvalho
Sinopse: Aquela pequena virgula é meu filho é o resultado da investigação de doutoramento da autora, que oferece ao/à leitor/a um olhar científico sobre o fenómeno da gravidez adolescente. Este estudo percorreu um caminho onde procurámos, sobretudo, dar voz às protagonistas da gravidez adolescente, as jovens que engravidam precocemente. Foram propostas, assim, trajetórias de pesquisa que passaram pela adequação de metodologias consagradas de investigação sociológica a um contexto e a um tipo particular de sujeito. Procurámos estudar as experiências das mães/pais adolescentes, a partir das suas histórias, do seu vocabulário, das categorias e termos com que descrevem a realidade das suas vidas.

2012, N.º 18 – O lado obscuro dos acidentes de trabalho: Um estudo de caso no setor ferroviário
Autor: João Areosa
Sinopse: O presente trabalho pretende refletir sobre as causas não imediatas dos acidentes de trabalho. Assim, o âmbito desta investigação deve ser entendido como um complemento ao conhecimento anteriormente produzido nesta temática. é pertinente ter em conta que as múltiplas interações no mundo atual são tão complexas que, por vezes, torna-se difícil compreender como é que determinados acontecimentos podem estar na origem de outros. Neste estudo são apresentados alguns exemplos de como fatores ou situações aparentemente sem qualquer ligação, mas, surpreendentemente, podem estar tão próximos que até provocam acidentes.

2012, N.º 17 – Organizações: Controlo e sustentabilidade
Organizador: 
Ivo Domingues
Sinopse: A globalização económica e a competitividade entre nações e organizações têm estimulado a reflexão teórica e a reorientação de políticas económicas, ambientais e sociais em busca de novos processos e práticas propiciadoras de reforço da sustentabilidade. As reflexões produzidas neste livro são contributos para a compreensão e a intervenção nos campos da política e da gestão. No seu conjunto, elas realçam as descontinuidades e os desalinhamentos, os paradoxos, as incertezas e as ambiguidades das agências e dos cursos da ação orientados para a regulação e sustentabilidade.

2012, N.º 16 – Discursos e percursos na delinquência juvenil feminina
Autora: Vera Mónica Duarte
Sinopse: Discursos e Percursos na delinquência juvenil feminina é o resultado da investigação de doutoramento da autora, que oferece ao/à leitor/a um olhar científico sobre o fenómeno da delinquência juvenil no feminino, suportado em dois grandes eixos. Por um lado, debater a construção das (in)visibilidades sociais e científicas do fenómeno, contribuindo para a discussão entre delinquência juvenil e género. Por outro lado, retratar os contextos, as experiências e os significados da transgressão nos percursos de vida de raparigas em conflito com a lei, particularmente jovens em cumprimento de medidas tutelares educativas institucionais e na comunidade. O registo polifónico das suas vozes exigiu leituras críticas que sublinhem a importância de olhar a figura feminina não apenas como vítima, mas também como sujeito ativo na construção da própria vida. Desocultando e reescrevendo estas invisibilidades, propõe-se uma reflexão que permita abrir espaços de leitura sobre a presença feminina na delinquência juvenil e, dessa forma, contribuir para o desenvolvimento de uma agenda de investigação e intervenção com respeito a este grupo e a esta problemática.

2012, N.º 15 – Cientistas sociais e responsabilidade social no mundo actual
Organizadores: Maria José Casa Nova; Ana Benavente; Fernando Diogo; Carlos Estevão; João Teixeira Lopes
Sinopse: O presente livro nasceu da implicação de um grupo de cientistas sociais nas causas e coisas que afectam várias sociedades e a sociedade portuguesa em particular face à presente crise. O livro pretende constituir-se numa “arma de combate”, fornecendo “ferramentas analíticas” aos cidadãos e cidadãs, promovendo o alargamento de horizontes e de formas de luta pela definição de futuros menos desigualitários, ajudando a (re)desenhar e a construir as acções capazes de os produzir. Como referiu Bourdieu “não há democracia efectiva sem um verdadeiro poder crítico” e “aqueles que têm a possibilidade de consagrar a sua vida ao estudo do mundo social não podem permanecer indiferentes, afastados das lutas cuja parada é o futuro deste mundo.” Porque o sistema económico-financeiro deve existir para servir os seres humanos e aprofundar os sistemas democráticos.

2012, N.º 14 – Testes de paternidade: Ciência, ética e sociedade
Organizadoras: Helena Machado; Susana Silva
Sinopse: Um teste genético permite, hoje, atingir a “certeza” da paternidade biológica. A tecnologia do DNA abriu a possibilidade de se passar a definir a paternidade não somente com base nos afetos e relações entre as pessoas, mas também (ou principalmente) a partir de laços biogenéticos. A partir de uma explicação acessível dos procedimentos técnicos da aplicação da genética na investigação do parentesco, este livro apresenta uma discussão de diversos aspetos – éticos, sociais, políticos e jurídicos – relacionados com os testes de paternidade. Para tal, conta com a colaboração de cientistas sociais e de especialistas em genética; e baseia-se em estudos realizados em diferentes países, nomeadamente, Alemanha, Austrália, Brasil e Portugal.

2012, N.º 13 – Governação e territorialidades: Lógicas e práticas na administração local
Organizadoras: Ana Paula Marques; Rita Moreira
Sinopse: Governação e Territorialidades. Lógicas e Práticas na Administração Local é uma obra coletiva que visa contribuir para um debate aprofundado e estruturado em torno de governação e territorialidades, principais práticas e lógicas que têm vindo a caracterizar a Administração Local nos últimos anos. Esta reflexão assume contornos de maior visibilidade e urgência face à recente crise económico-financeira e às recomendações europeias traduzidas na Europa 2020 quanto ao modo como se pretenderá assegurar a saída da crise e preparar a economia da UE para a próxima década, bem como, em termos nacionais, face aos fundamentos que norteiam o Documento Verde da Reforma da Administração Local (2011).

2012, N.º 12 – Responsabilidade social organizacional: Desenvolvimento e sustentabilidade
Organizadores: Ivo Domingues; Paula Remoaldo
Sinopse: O tema da responsabilidade social foi tratado por diversos autores já no século XIX e sobretudo desde o início do século XX, com influências originárias de diversos quadrantes teórico-políticos no sentido de responder às transformações e desafios das relações entre mercados e Estado, empresas e organizações nomeadamente de trabalhadores. Foram, porém, primeiro a via corporativa e, desde a II Internacional e sobretudo após a Segunda Guerra Mundial, a via social-democrata e reformadora que de modo mais incisivo reassumiram esta temática no plano social e político.

2011, N.º 11 – Dinâmicas territoriais de inovação no arco urbano do centro interior: O caso do sector têxtil-confecções
Autor: Domingos Santos
Sinopse: Este livro centra-se no estudo da relação entre inovação e território, analisando essa problemática no quadro de uma área periférica portuguesa que foi historicamente marcada por uma forte presença da indústria têxtil-confeções, o designado Arco Urbano do Centro Interior, que engloba os concelhos de Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Belmonte. O autor procurou, designadamente, tipificar o perfil de inovação empreendido por um determinado grupo de empresas do sector têxtil-confeções, bem como compreender de que modo é que as instituições que configuram o arquétipo organizacional de sistema regional de inovação estão a contribuir, ou não, para o aprofundamento dos patamares de competitividade empresarial e territorial.

2012, N.º 10 – Fabricados na fábrica: Uma narrativa operária no século XXI
Autor: Esser Jorge Silva
Sinopse: Este livro aborda as alterações introduzidas pelas novas representações do conceito de trabalho e emprego e das mudanças produzidas nas vidas das pessoas residentes no Vale do Ave, área de forte implementação fabril, orientada em grande escala para a ocupação na indústria têxtil. Através da memória passada e das incertezas dos desempregados do presente, efetua-se uma viagem ao interior do social da região com o objetivo de captar o sentido da mudança, tanto no fim do emprego como fator orientador das vidas, assim como no impacto do desaparecimento de um tipo de relações humanas assentes na conformidade e na regularidade.

2012, N.º 09 – Vítimas, estado e cidadania: Responsabilidades cruzadas: Como se torna uma vítima num cidadão
Organizadores: Pedro Araújo, Ana Raquel Matos; Susana Costa
Sinopse: Como se torna uma vítima num/a cidadão/ã? Nas reflexões que este livro se apresenta, encontram-se respostas claras à preocupação de saber de que modo, ou de que modos, se tornam as vítimas em cidadãos/ãs, mas igualmente pistas importantes para futuras pesquisas sobre esta temática. Ideias, ainda que embrionárias, ainda que impressionistas, que incitam a continuar a pensar a complexa relação entre vitimação, vitimização, ação coletiva e cidadania.

2011, N.º 08 – Intersecções identitárias
Organizadores: Ana Maria Brandão; Emília Rodrigues Araújo
Sinopse: Os textos aqui reunidos pretendem mostrar, justamente, como é possível gerir as múltiplas – e, por vezes, contraditórias – facetas da identidade, garantindo, ao mesmo tempo, os sentimentos de permanência e de unidade centrais à própria noção de identidade.

2011, N.º 07 – Uma sociologia do género
Autora: Maria Johanna Schouten
Sinopse: Pela sua importância na organização da vida social, mas também por ser um fator que está na raiz de muitas situações de desigualdade e injustiça, o género, ou seja, a especificidade que as culturas atribuem aos homens e às mulheres, constitui uma temática que merece ser explorada. Esta obra, tendo por base as provas de agregação da autora, pretende ser uma introdução ao estudo sobre o género. Constitui uma das várias abordagens sociológicas possíveis da problemática do género, recorrendo também a outros campos de conhecimento, nomeadamente à antropologia cultural e à história, e, em menor grau, à linguística e à biologia. São apresentadas, quando apropriado, situações em países distintos de Portugal, dos quais se destacam os Países Baixos e a Indonésia. Salienta-se que existem diversas formas de ser homem ou mulher, e problematiza-se a pertinência absoluta desta dicotomia. As principais temáticas do livro abrangem as representações acerca de mulheres e homens e os seus respetivos papéis na família, no mundo do trabalho e na vida política.

2010, N.º 06 – Pobreza infantil: Realidades, desafios, propostas
Organizadores: Manuel Jacinto Sarmento; Fátima Veiga
Sinopse: O livro “Pobreza infantil: Realidades, desafios, propostas” apresenta um tema de grande actualidade. Dizemo-lo sem júbilo nem qualquer sentido de auto-comprazimento pela convergência com o sentido da agenda social. Na verdade, a actualidade da pobreza das crianças deve-se, sobretudo, ao facto de que, neste final do ano de 2010, ela atinge níveis, expressões e sinais de agravamento e agudização, sem precedentes desde há décadas. Apesar das estatísticas estarem necessariamente desfasadas em cerca de dois anos, são hoje indesmentíveis alguns indicadores concretos desse agravamento: a pobreza infantil está a aumentar em termos absolutos e em termos relativos; a pobreza infantil é superior à média de pobreza da população portuguesa (isto é, há, percentualmente, mais crianças pobres do que adultos pobres) e a infância é o grupo geracional mais afectado pela pobreza.

2010, N.º 05 – Justiça, ambientes mediáticos e ordem social
Organizadores: Helena Machado; Filipe Santos
Sinopse: Sinopse: Nas duas últimas décadas, o debate em torno das relações entre os tribunais e a comunicação social tem estado no epicentro da discussão pública sobre o estado da justiça (e da democracia) em vários países. Esta compilação de trabalhos de especialistas ingleses, norte-americanos e portugueses pretende ser um contributo para alargar o âmbito da análise crítica e reflexão sobre os encontros e desencontros entre a justiça e os média, tendo como objectivo familiarizar o público português com outras dimensões possíveis da discussão: desde a importância das emoções no direito e na administração da justiça criminal; aos impactos da cobertura mediática de casos criminais nas representações sobre justiça, ordem social e nos chamados “julgamentos mediáticos”; passando por perspectivas mais dirigidas ao futuro da justiça e seus operadores em paisagens crescentemente mediatizadas e assentes no poder de difusão de novas tecnologias, que colocam desafios às relações entre os tribunais, a polícia e os média, procurando interrogar, inclusivamente, o papel dos cidadãos neste cenário de mudança.

2010, N.º 04 – Inserção profissional de graduados em Portugal: (Re)configurações teóricas e empíricas
Organizadoras: Ana Paula Marques; Mariana Gaio Alves
Sinopse: Inserção Profissional de Graduados em Portugal: (re)configurações teóricas e empíricas é uma obra colectiva que reúne contributos de investigadores que, no nosso país, se têm ocupado do estudo desta temática. A inserção profissional de diplomados de ensino superior tem sido objecto de grande atenção e preocupação nos últimos anos, existindo um conjunto de ideias correntes habitualmente difundidas nos discursos sociais, políticos e mediáticos que contrastam com as conclusões da investigação realizada. Neste contexto, retende-se com este livro divulgar um conjunto de problemáticas teóricas e de resultados de pesquisa empírica sobre a temática em análise, com a principal finalidade de enriquecer os debates sociais e científicos em torno da inserção profissional de diplomados do ensino superior.

2010, N.º 03 – Mulheres da vida, mulheres com vida: Prostituição, estado e políticas
Organizadores: Manuel Carlos Silva; Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Estando colocadas no centro de muitos debates científicos e políticos, a prostituição e outras práticas sexuais marcadas pelo interesse económico explícito são um factor de divisão e de conflito entre forças políticas progressistas, incluindo clivagens no seio do movimento feminista. Como o leitor constatará (e avaliará), uma linha de força, simultaneamente de inquietação e proposição, perpassa o livro: compreender de forma densa o fenómeno do sexo mercantil, tendo em vista a produção de contributos que possam enriquecer uma agenda política emancipatória comprometida com a definição de políticas de cidadania orientadas para a não-discriminação e a não-estigmatização dos modos de vida e das práticas, incluindo as que se relacionam com o corpo, dos actores sociais que vivem do comércio do sexo.

2008, N.º 02 – Redes sociais: Experiências, políticas e perspectivas
Organizadores: Alcides A. Monteiro; Fernando Bessa Ribeiro
Sinopse: Tendo como elemento agregador as redes sociais vistas a partir de diferentes posições teóricas e institucionais, a obra pretende contribuir para o debate crítico sobre a pobreza e a exclusão social, equacionando causas, apresentando experiências e apontando caminhos.

2009, N.º 01 – Classes sociais: Condição objectiva, identidade e acção colectiva
Autor: Manuel Carlos Silva
Sinopse: O tema das classes sociais não é axiológica e/ou politicamente neutro. Não está na moda, mas é uma velha e nova questão com diversos posicionamentos científicos, políticos e ideológicos/utópicos e com repercussões na vida quotidiana das pessoas. As trajectórias e identidades colectivas e individuaus enraízamse nas condições objectivas de vida, nas quais relevam as estruturas de classe, articuláveis com outras vertentes como o género ou a etnia.