AOS COLEGAS DO CICS.NOVA,

14 de Fevereiro de 2020

Caros Colegas, com a realização, hoje, das eleições para os órgãos de gestão do CICS.NOVA iniciamos uma segunda fase na vida da nossa unidade de investigação.

Concluída a fase de constituição, entramos num tempo de consolidação. É pois um momento de grande satisfação mas também um momento de reflexão. A satisfação decorre da constatação que os candidatos à nova Direcção são jovens investigadores que assim se disponibilizam para esta tarefa de trazer para a gestão do nosso Centro uma nova energia e novas ideias fundamentais para atingir o objectivo da plena afirmação do CICS.NOVA. Também a coordenação dos pólos ganha uma estimulante renovação. A todos, e em particular à Helena Serra que aceitou o desafio de ser a nossa Directora, o meu muito obrigado.

Mas esta satisfação não dispensa a necessária reflexão que decorre de sabermos as dificuldades que enfrentamos e que em certa medida já identificámos no documento “O futuro do CICS.NOVA” que a Direcção cessante fez distribuir por todos.

 Apesar das dificuldades que se nos têm colocado, o balanço do nosso trabalho é muito positivo. Não só pelo que fizemos mas também como o fazemos. Parece-me inequívoco que estamos no caminho certo. É claro que um Centro que se assume interdisciplinar, inter-institucional, distribuído por cinco regiões do País e com ambição internacional sofre os efeitos da sua diferença. Mas também é claro que estando nós focados em investigar as temáticas mais desafiantes das Ciências Sociais e com maior impacto na vida das nossas sociedades e dos nossos territórios temos a garantia de estarmos enquadrados na investigação do futuro que importa.

 Para levar por diante este desígnio temos que garantir à nossa vasta equipa a indispensável liberdade científica e exigir a todos a correspondente responsabilização. Temos que ser rigorosos na forma como nos governamos e nos avaliamos, transparentes na forma como agimos e muito consistentes no trabalho que produzimos. São estes os desafios que enfrentamos hoje e que não deixarão de o ser no futuro.

Mas este é sobretudo um momento para agradecimentos e de incentivo aos que agora se apresentam para coordenar a tarefa maior que é gerir o Centro.

Ao longo dos dez anos em que dirigi, primeiro o CESNOVA (2010-2014) e agora o CICS.NOVA (2014-2020), tive oportunidade de conhecer muito do que é a política científica nacional, mas também diferentes culturas académicas e de investigação em distintas universidades portuguesas e estrangeiras. A gestão quotidiana deste Centro de Investigação, que foi crescendo em número de investigadores e em termos do impacto produzido, só foi possível graças às equipas de apoio à Direcção e às equipas de coordenação com que trabalhei.

Destaco o papel da Paula Bouça que ao longo de 10 anos secretariou de forma irrepreensível toda a nossa actividade, no nosso inesquecível edifício ID. Agora que, com a aposentação, inicia uma merecida fase de maior tranquilidade, pode ter como certo que aqui estará sempre em sua casa e que não deixaremos de lembrar a falta que nos faz. O nosso maior agradecimento. Mas é evidente que merecem também uma palavra de agradecimento as gestoras de ciência e tecnologia que nos vêm acompanhando: à Cristina Oliveira, à Marta Pereira, à Ana Filipa Nicolau e actualmente à Mariana Gonçalves e à Inês Vicente. Sem esquecer ainda o Miguel Jorge, a Brenda Silva e a Ana Rita Camacho.

Mas o meu agradecimento não pode deixar de se dirigir àqueles que comigo tomaram as decisões que fomos considerando as mais adequadas ao longo deste tempo. Não posso esquecer as várias equipas que foram dando sentido ao nosso projecto. No CESNOVA, o Casimiro Balsa, o Manuel Lisboa, o Diogo Ramada Curto, a Ana Fernandes mas também a Cristina Albuquerque. No CICS.NOVA, para além do Manuel Lisboa e da Ana Fernandes, o Miguel Chaves, a Maria José Roxo, o Rui Pedro Julião, a Ana Paula Gil, a Helena Serra e o David Justino. Nos Pólos saliento os seus coordenadores. Em Évora (UÉvora), pólo já constituído no tempo do CESNOVA, a Saudade Baltazar, nos Açores(UAçores), a Gilberta Rocha e o Fernando Diogo, em Leiria (IPLeiria), o José Carlos Marques e em Braga (UMinho) a Ana Paula Marques e Ana Brandão. A todos, o meu muito obrigado. Através deste voto agradeço a todos os investigadores de ontem e de hoje que dão a força e sentido ao nosso projecto.

Os dados estão lançados. Mãos à obra

Um abraço a todos do

Luís Baptista