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Centro Experimental de Erosão de Solos de Vale Formoso

CENTRO EXPERIMENTAL de EROSÃO de SOLOS

– Herdade de Vale Formoso – Concelho de Mértola

O Centro Experimental de Erosão de Solos de Vale Formoso (CEEVF) foi instalado na Herdade de Vale Formoso, pertencente ao Estado, no final da década de 50 do século XX, por iniciativa do Engenheiro Ernesto Baptista d’Araújo e com financiamento do II Plano de Fomento. Iniciou, assim, um programa de conservação de solo, considerado relevante em função do elevado grau de degradação que os solos apresentavam naquela região, devido às campanhas de produção cerealífera, promovidas pelo Estado Novo.

Integram o CEEVF um laboratório, 18 parcelas experimentais, (inicialmente eram 16, mas desde 1988 que estão em funcionamento mais duas), e um conjunto de udómetros. As parcelas experimentais são semelhantes às utilizadas por Wischmeier no desenvolvimento da equação universal de perda de solo. Cada parcela mede 20,0 metros de comprimento e 8,33 de largura, o que corresponde a uma superfície retangular de 166,6 metros quadrados e a aproximadamente 1/60 de um hectare, e tem na sua base um sistema de recolha da escorrência superficial e sedimentos. As parcelas dispõem-se sensivelmente sobre um quarto de círculo, na mesma vertente, mas com exposições distintas e diferentes declives. Na Herdade de Vale Formoso, a superfície dedicada ao CEEVF é de cerca de um hectare.

O facto de o CEEVF não ter interrompido o seu funcionamento até ao momento (2017), apesar de todas as vicissitudes, possui um relevante e um único conjunto de dados, que faz com que este seja um centro de referência a nível europeu e mundial em temáticas como a erosão de solos em áreas agrícolas e sobre desertificação.

Com precisamente 57 anos de existência, as infraestruturas que definem as parcelas de erosão (caleiras e tanques de metal) começaram progressivamente a apresentar sinais de degradação, que se tornaram críticos a partir de 2006.  Esta situação traduziu-se na interrupção da obtenção de dados de forma sistemática. Apesar de todos os esforços empreendidos, só a partir de 2015 e com a integração da investigação sobre a “desertificação” no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais CICS.NOVA da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, NOVA FCSH, começou a ser exequível a recuperação e a modernização instrumental do CEEVF. Desta forma, este local de referência baseado na investigação experimental voltou a estar de novo totalmente operativo, havendo agora a possibilidade de obter uma informação mais fiável e em tempo real.

De notar que a “revitalização” do CEEVF só foi possível pelo apoio financeiro dado pelo CICS.NOVA, que garantiu a compra de dataloggers (HOBO) e de todo o material necessário para refazer o sistema de recolha de dados nas 18 parcelas experimentais. Importa mencionar a valiosa ajuda do Professor Adolfo Calvo-Cases (Universidade de Valência) no desenho e instalação do novo sistema de monitorização. Desta forma e, desde setembro de 2016, o CEEVF ganhou uma nova vitalidade e dimensão. Os estudos sobre as técnicas e práticas de conservação de solos vão continuar, com o objetivo de dar resposta aos novos desafios colocados pelas mudanças climáticas, em relação à gestão de dois recursos vitais como são o solo e a água.

Não será de mais relembrar os objetivos da instalação do CEEVF, bem como a sua relevância na atualidade:

– Estudar o comportamento dos solos em diversas condições de declive e sujeitos a diversos tipos de culturas e rotações;
– Analisar da natureza, intensidade e duração das chuvadas;
– Determinar a ação que as várias culturas têm na conservação do solo que ocupam;
– Avaliação dos efeitos das usuais mobilizações do solo no processo de erosão;
– Deteção dos pontos defeituosos do sistema de exploração;
– Aplicação e observação dos efeitos de práticas conducentes à defesa do solo.

A investigação conduzida no CEEVF integra-se no Grupo 3 – Mudanças Ambientais, Território e Desenvolvimento, constituiu um elemento de referência para a comunidade científica, bem como para a sociedade em geral, devido aos graves e acentuados problemas ambientais, resultantes de uma incorreta gestão de recursos naturais.

Desta forma a análise e o estudo da informação existente, bem como os dados que estão a ser recolhidos, de forma contínua e metódica, são uma base sólida para a realização de diferentes tipos de iniciativas, de que são exemplo:

– Investigação com base experimental de medidas e técnicas de conservação de solo, que visam a sua preservação e melhoramento;
– Utilização da base de dados para a validação de modelos, referentes à dinâmica solo/vegetação/processos de erosão à escala da vertente, entre outros;
– Pesquisa sobre os fatores que conduzem à degradação dos ecossistemas e à desertificação em áreas marginais;
– Realização de cursos para agricultores e técnicos sobre os processos de erosão hídrica de solos;
– Promoção de eventos de educação ambiental, sobre a componente solo e água;
– Divulgação e informação sobre Desertificação.

Observatório da Juventude dos Açores

Sendo os Açores uma das regiões mais jovens da União Europeia, o Governo dos Açores reconhecendo o seu potencial humano e atento às constantes transformações sociais, económicas e culturais, entende que os próximos anos deverão ser marcantes na ousadia dos seus programas na área da Juventude, nomeadamente no que respeita à criação de uma Juventude inovadora, criativa, solidária e empreendedora.

Neste sentido, o Observatório da Juventude dos Açores apresenta-se como um instrumento fundamental no estudo e análise da(s) juventude(s) açoriana(s) e um suporte de apoio à definição e gestão das políticas, assentes em linhas de orientação estratégica, com objetivos e medidas, que reforcem a Juventude Açoriana e a apte para vencer os novos desafios.

O Observatório da Juventude dos Açores, projeto desenvolvido entre o Governo dos Açores, através da Direção Regional da Juventude e a Universidade dos Açores, através do CICS.UAc/CICS.NOVA.UAc, para além de permitir a divulgação de informação atualizada ao conhecimento e de interesse para a juventude, através de página Web, servirá como um maior conhecimento deste grupo etário e tomada de decisão política.

Diretor Executivo: Fernando Diogo

Coordenadores Científicos: Ana Cristina PaloseSandro Serpa

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Observatório de Avaliação de Tecnologia (OAT)

O Observatório de Avaliação de Tecnologia (OAT) é uma estrutura de investigação aplicada que agrega as actividades de Avaliação de Tecnologia do centro de investigação CICS.NOVA. O OAT é a única unidade de investigação dedicada à Avaliação Tecnológica em Portugal.

A nossa investigação aborda vários campos disciplinares, tais como sociologia, engenharia, gestão e estudos de ciência e tecnologia. A unidade desenvolve projectos de investigação sobre diferentes tópicos de Avaliação de Tecnologia, como saúde, transporte, e vários indicadores de tecnologias emergentes.

Embora o Observatório tenha tido origem no Programa Doutoral em Avaliação de Tecnologia da FCT-UNL, inclui também vários investigadores a trabalhar em Avaliação de Tecnologia de todo o país. Estes grupos concentram as suas actividades nos domínios da sociologia industrial, sistemas de gestão, análise prospectiva em inovação, economia e estudos organizacionais, entre outros.

O Observatório edita a revista científica internacional bilingue (Enterprise and Work Innovation Studies) desde 2005, publica o IET Working Papers Series, e organiza conferências internacionais regulares relacionadas com a Avaliação de Tecnologia. Esta unidade mantém também informações actualizadas no Economics and Social Sciences Repository RePEc, Directory of Open Access Journals DOAJ, EBSCO e BASE – Bielefeld Academic Search Engine. O Observatório tem um Conselho Científico Internacional e um Conselho Consultivo Nacional, e está fisicamente localizado na NOVA FCT. Um dos objectivos principais do OAT é promover actividades nacionais e internacionais de cooperação, com o objectivo de estabelecer e aprofundar as várias redes de investigação a nível europeu a que pertence, e envolver colegas da América do Sul e Norte.

Coordenador: António Brandão Moniz

Mais informações:  http://sites.fct.unl.pt/observatorio-avaliacao-tecnologia

Observatório Nacional de Violência e Género (ONVG)

O Observatório Nacional da Violência e Género (ONVG) está sedeado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, integrando investigadores de todas as faculdades da Universidade Nova de Lisboa, bem como especialistas internacionais de reconhecido mérito.

Trata-se do primeiro observatório nacional que abrange os domínios da Violência e Género, fundado em 2008, e conta com uma estrutura independente, na linha do sugerido pelo Conselho da Europa, sendo regido por ditames científicos e académicos, como os da universidade a que pertence.

Surge na sequência de várias investigações realizadas nas últimas duas décadas por uma equipa do CICS.NOVA, cujos resultados muito têm contribuído para aprofundar o conhecimento científico sobre as várias dimensões sociais da violência, em particular contra as mulheres, doméstica e de género, e para influenciar políticas públicas nacionais neste domínio, bem como informar e apoiar políticas e recomendações de instâncias internacionais.

A informação produzida e organizada no ONVG constituirá uma base de conhecimento científico, que servirá também a actividade académica e a investigação, a partir de padrões de excelência, bem como o apoio eficiente à tomada de decisão e intervenção no combate e prevenção do fenómeno.

DiretorManuel Lisboa

Mais informações: http://www.onvg.fcsh.unl.pt/index.php