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Investigador Responsável: | Catarina Delaunay Gomes |
Referência: | SFRH/BPD/62866/2009 |
Parcerias: | EHESS - École des Hautes Études en Sciences Sociales |
Entidade Financiadora: | Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Bolsas Pós-Doutoramento) |
Objectivos: | Os dispositivos de Procriação Medicamente Assistida, sendo simultaneamente objecto de enquadramento jurídico em Portugal (Lei nº32/2006, de 26 de Julho) e de regulamentação das práticas nesta área de intervenção médico-científica, continuam a gerar controvérsias, tensões e constrangimentos, visíveis ou invisíveis. Pretendemos analisar estas controvérsias para clarificar as dificuldades que encontram todos os protagonistas destes dispositivos, sejam beneficiários ou profissionais encarregues de os pôr em prática. Para tal optámos por nos centrar na fecundação heteróloga que suscita a confrontação entre considerações científicas, morais, políticas, religiosas, mas que toca também os envolvimentos nas relações pessoais mais íntimas. Como é que os diferentes actores são afectados por este dispositivo de procriação em acção, que benefícios e malefícios experimentam, com que capacidades ou incapacidades de enfrentar as contrariedades encontradas, manifestando embaraço e elaborando-o para fazer ouvir a sua voz em público? Para responder a estas questões, apoiar-nos-emos nomeadamente sobre a corrente da «Sociologia pragmática», que propôs instrumentos de análise da pluralidade de críticas e justificação nas disputas em público (Boltanski et Thévenot, 1991), bem como da dinâmica de prova de regimes de envolvimento de menor publicidade, implicando a concretização de um plano individual ou, mais intimamente ainda, a familiarização de um ambiente de proximidade (Thévenot, 2006). |
Data de InÃcio: | 2010 |
Data de Fim: | 2016 |