Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSARJ)

Fundação para  Ciência e Tecnologia

Pretendeu-se identificar e caracterizar as situações de violência (física, psicológica, financeira, sexual e negligência) a que estão sujeitas as pessoas com 60 e mais anos, em contexto familiar, residentes em Portugal. O conhecimento da prevalência do problema na população portuguesa foi possível através de um inquérito à população portuguesa (questionário via telefone) que possibilitou estimar o número de pessoas idosas que são sujeitas a maus-tratos e violência num dado período de tempo. A informação recolhida permitiu conhecer as características das vítimas na população geral e identificar os fatores associados à violência. A par do cálculo da prevalência do problema e a partir da sinalização de vítimas provenientes das entidades parceiras, pretendeu-se aprofundar o conhecimento sobre as condições familiares em que ocorre a violência (tipo de atos e frequência), as especificidades, a amplitude das situações e os fatores de risco (individuais, sociais, comportamentais, saúde, entre outros) e protetores (rede social informal e formal) associados, bem como a trajetória da denúncia na rede institucional.

Ao contribuir para aprofundar o conhecimento sobre a problemática, pretendeu-se elaborar um conjunto de recomendações que pudessem influenciar decisores políticos e jurídicos na prevenção e combate à violência contra as pessoas idosas. O projeto finalizou com a realização de um workshop final (Fevereiro de 2014) de disseminação dos dados e de reflexão sobre as políticas públicas.

Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV); Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF); Instituto da Segurança Social, IP; Guarda Nacional Republicana